LENDÁRIOS ESTRADEIROS MOTO CLUBE
RÁDIO ROTA 66
domingo, 11 de dezembro de 2011
Um motociclista! Ou motoqueiro? - por Anúbis Cony
Em um evento no norte do Estado, numa roda de pessoas amantes das duas rodas, alguns já de cabelos grisalhos e já conhecidos, mas outros nem tanto, pude perceber, mais uma vez, que ser um motociclista é um pouco diferente de ser um "motoqueiro". Mas quem é quem? Qual a diferença?
Será que é no tamanho ou na cilindrada da moto ou será nos hábitos e comportamentos de cada um de nós? Logo nos cumprimentos de chegada, observei que uma pessoa bastante simples, menos avisada naturalmente, passa por nós e pergunta, a um dos presentes, se aquele evento era só de motoqueiros.
Quem nunca ouviu uma resposta, às vezes bem indelicada por parte de alguém, quando é chamado de motoqueiro ou é perguntado se aquele evento é só de motoqueiros? Na própria resposta dada já se começa a identificar quem é quem quando, causando um constrangimento de proporções extremamente indelicadas, e chegando as raias da ofensa pessoal, uma dessas pessoas presentes responde: é sim, por isso jegue não pode entrar! Mesmo achando que foi um absurdo a resposta indelicada dada, permaneci no local em consideração a outros irmãos ali presentes que, através de olhares também reprovaram aquela atitude.
Continuando com outros assuntos abordados, pude verificar, diante de tantos "papos" paralelos, um que me chamou bastante atenção quando, aquele já tido como inconveniente participante da roda expressa sua opinião sobre as "duras" que os órgãos policiais costumam fazer quando da fiscalização da documentação das motos, triciclos e capacetes de seus condutores, nas entradas das cidades dos eventos.
Causou-me perplexidade ouvir dele, um sujeito já escudado por Moto Clube, a seguinte frase: "Isso tudo é para eles arrumarem uma grana em cima dos motociclistas". Diante de tal afirmativa não pude me conter em fazer uma pergunta a ele: Amigo, você já teve que dar grana para a polícia em alguma blitz dessas? Ele, tentando justificar sua descabida acusação acabou por se enterrar mais ainda com a seguinte resposta: Claro, ontem mesmo, ao ser abordado quando cheguei, achei melhor chamar o guarda para uma conversa, pois minha CNH está vencida, não tenho tempo de renová-la e, antes que ele apreendesse minha documentação e minha moto, ofereci "uma perna", ele aceitou, e assim tudo ficou resolvido.
É, lamentavelmente, pude verificar mais uma vez e naquele momento, a verdadeira diferença entre um motociclista e um motoqueiro, independentemente do comportamento policial reprovável, uma vez que, sou da teoria de que se você está certo, não dê nada, mas se está errado (é um motoqueiro), também não dê e nem ofereça nada, aceite o rigor da lei. Depois daquele comentário indevido e descabido, perguntei-me: Quem é o verdadeiro "motoqueiro"?
Serão aqueles trabalhadores diários, proprietários de pequenas motos, de poucas cilindradas, de grandes baús carregados de documentos, materiais, pizzas, nos dias de chuva ou de sol, durante doze ou mais horas de trabalho, com seus horários comprometidos pelo trânsito dos grandes centros urbanos e que, por dependerem daquela atividade para seu sustento e de sua família são obrigados a andar com seus documentos em dia, sua habilitação dentro da categoria, seu IPVA pago, sua placa legível, seu capacete regulamentar e ainda são chamados, jocosamente, de "motoboy"? Ou será que é aquele "irmão", em sua potente máquina importada, toda cromada, belos alforjes, roupas de couro legítimo, capacete italiano, hospedado na melhor pousada da Cidade, mas, com sua habilitação vencida por falta de tempo para renová-la e julgando normal resolver seu problema, sua irresponsabilidade, oferecendo e dando ?uma perna? pro guarda em troca de sua liberdade? Quem é o verdadeiro motociclista? Quem sabe, um dia, sua "perna" vai levá-lo de volta a sua cidade, mas, de ônibus ou, quem sabe, na garupa de um verdadeiro motociclista?
Anúbis Cony
Family Cony's
Motocycle Group
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E convém diferenciar os Motociclistas dos Motoclubistas.
ResponderExcluirMotociclista curte moto, como consequência um lanchinho com refrigerantes e sucos, assim como ligeiros papos só sobre suas motos nas rápidas paradas das estradas.
Motoclubista curte bebida, odeia moto (moto é apenas um leva e trás / moto um mal necessário e por aí vai)
Motociclista não tem momento pra Deus no sentido de horário fixo, de se doar para o próximo única e exclusivamente ao pagar ingresso em entradas de encontros de MG e MC.
Motoclubista precisa de intermediários geralmente que vivem as custas dos outros com com os poupudos lucros dos encontros onde lucram verdadeiras fortunas dizendo posteriormente doados aos pobres desdentados e descamisados.
Motociclista não curte viadagem em ficar criticando bikeiros e motoboys, estes sim verdadeiros rodadores com suas motos de ruas e estradas, curtem caminhar, rodar, falar pouco com os outros e realmente papear muito com Deus e suas motos.
Motoclubista fica pedindo doação de sangue e nos enviando todas segundas horários de enterros e velórios, visto as cervejas a preços justos terem matado mais uma dúzia deles no último encontro.
Pra finalizar sugiro assim como já estão fazendo vídeos e mais vídeos no You Tube convidando as polícias rodoviárias federal e estadual a fiscalizar com os bafômetros os encontros, só aí esta laia de frequentadores de bares nos deixarão em paz para vivermos o verdadeiro motociclismó e aí sim, Motoclubismo voltar a ser como era a sua essência: Moto, natureza, Deus e claro, um bom baste papo rapidão rsrsrsr.
Amém?